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Além disso, olha o que você verá hoje:

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Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

Atlassian comprará a desenvolvedora Arc, The Browser Company, por US$ 610 milhões

A Atlassian anunciou a compra da The Browser Company, desenvolvedora do navegador Arc e da IA Dia, por US$ 610 milhões em dinheiro e ações. O Arc havia ganhado notoriedade por reinventar a experiência de navegação com foco em produtividade, enquanto a Dia se destacava como assistente de IA integrada ao browser para organizar fluxos de trabalho, gerar resumos e interagir com dados. A aquisição amplia a estratégia da Atlassian de integrar inteligência artificial ao conjunto de ferramentas corporativas que já inclui Jira, Confluence e Trello.

O negócio reflete a crescente convergência entre navegadores e plataformas de produtividade. Para a Atlassian, a compra traz um ambiente de trabalho completo, unindo gerenciamento de projetos com o espaço de navegação onde grande parte do trabalho ocorre. A operação também revela a dificuldade de players independentes como o Arc em competir com gigantes como Google e Microsoft sem apoio financeiro robusto.

Por que isso é importante: a incorporação do Arc e da Dia pela Atlassian simboliza um passo estratégico no avanço da IA para dentro da navegação cotidiana. Usuários corporativos podem ver no próprio navegador um hub central de produtividade, reduzindo a fragmentação entre aplicativos. Ao mesmo tempo, confirma-se que inovação independente no setor de browsers encontra barreiras altas para sobreviver sozinha.

OpenAI anuncia plataforma de contratação com tecnologia de IA para competir com o LinkedIn

A OpenAI anunciou uma nova plataforma de contratação movida por inteligência artificial, posicionando-se diretamente como concorrente do LinkedIn. A proposta é conectar candidatos e empregadores por meio de matching automatizado, usando modelos de linguagem para analisar currículos, portfólios e descrições de vagas. O sistema promete não apenas recomendar candidatos, mas também gerar feedback em tempo real e sugerir trajetórias de desenvolvimento de carreira. A empresa afirma que a iniciativa tem como meta ampliar a oportunidade econômica e reduzir vieses de contratação, oferecendo acesso mais justo a processos seletivos.

O lançamento ocorre em um cenário de crescente pressão sobre o LinkedIn, que enfrenta críticas sobre a eficácia de suas recomendações e a dependência de networking privilegiado. Ao mesmo tempo, a OpenAI amplia seu portfólio de aplicações comerciais além do ChatGPT, explorando setores de alto impacto econômico. O desafio está em equilibrar automação e confiança: plataformas de recrutamento baseadas em IA precisam provar que reduzem desigualdades em vez de reforçá-las.

Por que isso é importante: se a plataforma da OpenAI ganhar tração, pode redesenhar a lógica do mercado de trabalho digital, diminuindo o peso das conexões sociais e ampliando a ênfase em competências e aderência técnica. Para candidatos, isso pode significar maior acesso a oportunidades; para empresas, processos mais rápidos e direcionados. Mas também levanta questões críticas sobre privacidade de dados e a influência de algoritmos na definição de carreiras.

O Google Fotos atualiza seu recurso de imagem para vídeo com o Veo 3

O recurso, disponível inicialmente em mercados selecionados, marca a expansão do Veo 3 além do YouTube e coloca a geração multimodal de IA no centro do ecossistema Google.

A tecnologia inclui diferentes modos de custo e velocidade: versões rápidas mais acessíveis e versões avançadas para maior fidelidade de áudio e vídeo. Embora o Google destaque a simplicidade de uso, também alerta que a geração de áudio ainda é experimental, sujeita a falhas e resultados inconsistentes. Ao incluir o recurso em um produto cotidiano como o Photos, a empresa busca normalizar práticas de manipulação audiovisual antes que regulação mais rígida avance.

Por que isso é importante: quando fotos pessoais se transformam facilmente em vídeos falados, a noção de “prova visual” perde peso. O recurso promete usos criativos e familiares, mas também amplia riscos de desinformação e falsificação em larga escala. Ao democratizar essa tecnologia em escala global, o Google acelera a commoditização da manipulação audiovisual.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

O tráfego LLM converte quase o mesmo que a pesquisa orgânica

Uma nova pesquisa da agência Amsive contrapõe o discurso otimista dos gigantes da tecnologia. Em análise feita com base em dados do GA4 de 54 sites, abrangendo seis meses, o tráfego gerado por LLMs (Large Language Models) apresentou uma taxa de conversão de 4,87%, pouco acima dos 4,6% do tráfego orgânico. Essa diferença, porém, se mostra estatisticamente irrelevante. Além disso, o tráfego via LLMs representa menos de 1% das visitas, em contraste com cerca de 32% vindas da busca tradicional.

Isso confirma também as conclusões anteriores da SALT.agency, que identificou engajamento inferior vindo de LLMs em setores como ecommerce e turismo, com exceções em áreas como saúde e carreira. Juntas, essas evidências derrubam a narrativa de que cliques provenientes de IA são automaticamente de “maior qualidade”.

Por que isso é importante: o mito de que tráfego via IA entrega superior qualidade perigamente convida a uma estratégia que valoriza canal em detrimento de amplitude. Enquanto LLMs mostram promessa de crescimento, são o volume e consistência que entregam escala real, não a conversão milagrosa. Ignorar isso é abrir mão de valor quando muitos sites ainda dependem da busca orgânica como principal motor de conversão.

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