Por que o ChatGPT agora ajuda você a comprar melhor?

ChatGPT vira assistente de compras com busca e preços em tempo real

O novo recurso de shopping do ChatGPT identifica automaticamente quando o usuário está buscando um produto e passa a exibir carrosséis com imagens, preços, reviews e botões de compra. A funcionalidade se apoia na infraestrutura de navegação da OpenAI e utiliza dados estruturados obtidos por meio de fontes públicas, redes de varejo e avaliações verificadas, inserindo a IA diretamente no fluxo de descoberta de consumo.

A OpenAI reforça que esses resultados não são anúncios e que não recebe pagamento de marcas ou varejistas para exibição. O modelo decide qual produto mostrar com base em metadados, critérios de relevância e informações contextuais presentes na web. A empresa diz buscar transparência para evitar que o sistema seja confundido com uma plataforma de publicidade mascarada de assistente.

O recurso já está disponível globalmente para usuários Free, Plus, Pro e até visitantes não logados, cobrindo categorias como eletrônicos, moda, beleza e eletrodomésticos. Segundo a OpenAI, o objetivo é simplificar a jornada de compra ao concentrar comparação, análise e decisão em uma interface única, reduzindo passos tradicionais de navegação entre sites, abas e motores de busca.

Por que isso importa? A entrada da OpenAI no fluxo de e-commerce marca uma mudança estrutural: conversas passam a ser portas de entrada diretas para compra, deslocando o papel de buscadores tradicionais e plataformas de varejo. Para marcas e varejistas no Brasil e na América Latina, isso redefine aquisição de tráfego, descoberta de produtos e competição por atenção do consumidor, acelerando a necessidade de adaptação ao ecossistema de IA generativa.

Brasil alcança 16º lugar global em IA

Um levantamento recente indica que o país alcançou a 16ª posição num ranking global de IA, um salto importante em relação aos anos anteriores em que figurávamos como 35º lugar. O avanço reflete bons resultados em categorias como “talentos em IA” e “IA responsável”, áreas que vinham sendo apontadas como pontos fracos do ecossistema nacional. No entanto, embora o talento e o compromisso ético estejam ganhando força, os pilares de investimento, pesquisa & inovação e implementação ainda mostram deficiências. O Brasil ainda enfrenta fuga de cérebros, falta de financiamento robusto e desafios para transformar talentos em produtos de IA com escala global. As implicações práticas desse avanço são relevantes: países que melhoram em talento e governança tendem a atrair mais investimentos internacionais e startups qualificadas. Para o Brasil isso pode significar maior autonomia tecnológica, melhor posicionamento em cadeias de valor globais de IA e menor dependência de tecnologias importadas.

Porque isso importa

O salto no ranking envia um sinal claro de que o ecossistema brasileiro de IA está se fortalecendo e pode entrar em nova fase de crescimento mais estruturado. Ainda assim, para que esse progresso se traduza em impacto econômico e social real, especialmente para América Latina e Sul Global, será preciso fechar a lacuna de investimento, fortalecer P&D e ampliar a regulação ética e produtiva nesse campo.

Nvidia despenca após Meta considerar chips da Google

A notícia de que a Meta está negociando a adoção dos chips de IA da Google, incluindo o uso de TPUs em larga escala, mexeu imediatamente com o mercado. A Meta é hoje uma das maiores compradoras das GPUs da Nvidia, e qualquer movimento para diversificar fornecedores já pressiona a percepção de dependência e estabilidade da empresa.

A Nvidia registrou uma das maiores quedas do ano, enquanto a Alphabet viu suas ações subirem. A possibilidade de que a Meta comece a migrar parte de sua demanda para TPUs a partir de 2027, ou até antes, por meio de aluguel de capacidade, reforça a ideia de que o setor de hardware de IA está entrando em uma fase de competição mais aberta.

Mesmo com o domínio atual da Nvidia no ecossistema de IA, graças ao poder de suas GPUs e ao stack CUDA, a movimentação do mercado mostra que grandes empresas estão dispostas a testar alternativas. A disputa por chips especializados capazes de treinar e operar modelos de fronteira torna o cenário mais volátil e menos previsível, reduzindo a vantagem de fornecedores únicos.

Por que isso importa: a diversificação no mercado de hardware para IA afeta diretamente o ritmo de adoção tecnológica em países como o Brasil: menor dependência de um fornecedor único pode significar custos mais competitivos, maior oferta de capacidade e mais opções para empresas que buscam escalar projetos de IA. A queda da Nvidia é um lembrete de que a infraestrutura que sustenta a inteligência artificial global está longe de ser estática.

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87% dos líderes veem IA responsável como estratégia corporativa

Embora haja ampla concordância sobre a importância da IA responsável para os negócios, existe um grande descompasso entre a aceitação desse princípio e a capacidade de execução. A maioria dos executivos aponta falhas em governança, estrutura organizacional e alinhamento de processos para transformar ética e responsabilidade em prática.

Mais especificamente, as organizações reconhecem que práticas de IA responsável, como transparência, explicabilidade, mitigação de vieses e auditoria permanente, estão se tornando parte central da discussão estratégica. Mesmo assim, muitas não possuem frameworks ou métricas robustas para operacionalizar essas exigências de modo consistente.

Esse gap entre intenção e realidade sugere que o foco corporativo está migrando de projetar “o que queremos que a IA seja” para “como torná-la confiável, escalável e auditável”. O Brasil e a América Latina observam esse fenômeno como alerta: adotar IA sem garantir governança adequada pode resultar em riscos de reputação, regulação e eficácia de uso.

Por que isso importa?

A consolidação da IA responsável como pilar estratégico indica que empresas que ignorarem essa agenda poderão ficar para trás, tanto em termos de competitividade quanto de cumprimento regulatório. No Sul Global, onde a adoção de IA está em aceleração, essa tendência impõe que ecossistemas regionais construam não apenas talento e tecnologia, mas também governança e confiança, componentes críticos para transformar IA em diferencial real.

Zona Técnica

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