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Brasil em Destaque: conheça 5 ferramentas de IA nacionais 🇧🇷

xAI de Musk processa OpenAI e Apple, Chefe de IA da Microsoft está preocupado com os direitos das IAs & mais

E aí curioso, seja bem vindo novamente ao Algoritmo, a sua newsletter diária sobre IA.

E aqui está a sua dose de hoje 👇

🏃TLDR

🇧🇷 Brasil em Destaque: Cinco ferramentas brasileiras de IA mostram que o país está criando soluções próprias, focadas em idioma, custo acessível e problemas locais. Apesar do potencial, os maiores desafios continuam sendo infraestrutura e escala global, pontos críticos para transformar inovação doméstica em liderança internacional…

⚖️ A xAI, de Elon Musk, processou a Apple e a OpenAI, acusando-as de formar um cartel dentro da App Store que favorece o ChatGPT e sufoca rivais como o Grok. O caso coloca em xeque o controle da Apple sobre a distribuição de apps de IA e pode abrir caminho para uma reviravolta regulatória em um dos mercados mais estratégicos do setor…

🧠 Mustafa Suleyman, chefe de IA da Microsoft, disse que a discussão sobre consciência em IA precisa sair da filosofia e virar pauta científica e regulatória. Mesmo sem afirmar que máquinas já são conscientes, ele defende criar parâmetros claros, pois a percepção pública desse tema pode mudar confiança, ética e leis no setor…

▶️ O YouTube está testando IA que edita vídeos automaticamente sem permissão dos criadores, alterando cortes, áudio e legendas em nome do “engajamento”. A prática levanta dúvidas éticas e legais sobre autoria e controle criativo, reforçando o risco de plataformas colocarem algoritmos acima da intenção humana…

🤖 Pesquisadores alertam que a “bajulação algorítmica” das IAs, concordar cegamente com usuários, pode ser um dark pattern deliberado, projetado para aumentar engajamento e lucro. O risco é transformar a IA em um espelho que apenas reforça vieses e crenças, corroendo qualidade da informação e saúde social…

Além disso, olha o que você verá hoje:

Bora lá?

🛠 Caixa de Ferramentas 🛠

Aqui estão algumas das ferramentas que separei hoje pra você:

  • Modernbanc - Assistente financeiro de IA para empresários. Obtenha uma resposta, um dashboard ou uma projeção para sua pergunta sobre finanças empresariais em segundos.

  • Web Companion by Super - O Super agora auxilia sua equipe diretamente em CRMs, wikis, centrais de ajuda ou qualquer aplicativo web. Ele extrai o contexto da tela e suas fontes de conhecimento conectadas para responder a perguntas, rascunhar respostas, resumir ou acionar assistentes personalizados, sem a necessidade de copiar e colar.

  • MCP - Builder AI - Crie seu servidor MCP personalizado em segundos, usando linguagem natural. Crie facilmente agentes de IA que se conectam à sua infraestrutura. Conecte-se a APIs REST, XML, bancos de dados, arquivos CSV, servidores FTP sem precisar de codificação.

  • Notebook IA - Assistente de IA para criação de conteúdo, transcrições, traduções e mais.

  • AI Mindmap Extension - Transforme páginas da web, PDFs, vídeos do YouTube e chats de IA em mapas mentais claros e visuais com apenas um clique.

Brasil em Destaque: conheça 5 ferramentas nacionais de IA

O Brasil também está construindo sua presença no mercado de inteligência artificial, desenvolvendo assistentes de produtividade até soluções específicas para empresas, sinalizando que o país não está apenas consumindo tecnologia estrangeira, mas desenvolvendo produtos próprios com potencial competitivo.

Essas iniciativas revelam o foco em resolver problemas locais, muitas vezes ignorados por big techs globais. Ao priorizar idioma, contexto regulatório e especificidades de setores como varejo e serviços financeiros, as ferramentas brasileiras encontram nichos estratégicos para crescer. Conheça cinco ferramentas de IA nacionais que estão resolvendo problemas reais do Brasil.

Lançada em julho de 2024, a Amazônia IA marcou a estreia do primeiro modelo de linguagem grande (LLM) totalmente brasileiro, fruto de uma parceria entre a WideLabs, a Oracle e a NVIDIA. Construída em português nativo, a ferramenta passou por um processo de fine-tuning, adaptação de um modelo já existente para criar uma versão personalizada, e promete entregar a mesma potência computacional das grandes IAs estrangeiras, mas com foco no público local.

A Maritalk é mais uma representante do ecossistema emergente de inteligências artificiais brasileiras. Criada pela startup Maritaca AI, a ferramenta é um chatbot 100% em português, desenvolvido para atender às demandas específicas dos usuários no Brasil. Diferente de modelos estrangeiros adaptados, a Maritalk foi treinada com dados locais e conta com o Sabiá, modelo de linguagem proprietário da empresa, projetado para compreender de forma profunda a cultura, a língua e o contexto nacional.

A Tess AI, criada em 2019 pelo Pareto Group, é uma das iniciativas brasileiras mais ambiciosas no campo da inteligência artificial. Diferente de modelos isolados como Amazônia IA ou Maritalk, a Tess funciona como um ecossistema de agentes de IA, capaz de integrar mais de 200 modelos diferentes, incluindo gigantes como GPT e Gemini. Na prática, isso a torna uma plataforma multifuncional que permite desde geração de textos, imagens e vídeos até tarefas de narração, transcrição e análise de dados.

Emy 

A Emy é uma inteligência artificial brasileira criada pela Cubos Academy com foco em personalização do ensino à distância (EAD). Diferente de outros modelos generalistas, a Emy atua como um professor particular digital, acompanhando o estudante em tempo real: ela é capaz de assistir à aula junto com o aluno, compreender o contexto do que está sendo explicado, responder dúvidas, recomendar materiais extras e reforçar pontos importantes, tudo isso sem exigir uma contextualização prévia por parte do estudante.

A Leadster é a primeira plataforma de marketing conversacional do Brasil, criada para transformar interações online em oportunidades de negócio. Utilizando chatbots com inteligência artificial, a solução oferece respostas imediatas e naturais aos visitantes, criando uma experiência de atendimento mais humanizada. O foco está em personalizar a comunicação de acordo com o interesse de cada usuário, otimizando a captação de leads e aumentando a eficiência das equipes de vendas e marketing.

xAI de Elon Musk processa Apple e OpenAI por classificações na App Store

A mais nova batalha de Elon Musk agora envolve a Apple e a OpenAI. Sua empresa de IA, a xAI, entrou com um processo acusando as duas gigantes de formar um cartel dentro do ecossistema da App Store, alegando práticas que restringem a competição e favorecem de forma injusta a OpenAI. Segundo Musk, a Apple estaria usando sua posição de gatekeeper para dar vantagens a modelos integrados como o ChatGPT no iOS, ao mesmo tempo em que criaria barreiras de entrada para concorrentes como o Grok, da xAI.

O processo, afirma que essa combinação configura uma espécie de “conluio monopolista”, que não só distorce o mercado de aplicativos de IA, mas ameaça a diversidade de inovação no setor. Musk acusa ainda a Apple de cobrar taxas abusivas e de aplicar regras opacas que, na prática, inibem qualquer alternativa ao ChatGPT dentro do ecossistema iOS. O caso pode ecoar fortemente em Washington e Bruxelas, onde reguladores já investigam a Apple por abuso de posição dominante.

Esse embate chega num momento em que a Apple estaria negociando com o Google para integrar o Gemini ao Siri, mostrando que o espaço de assistentes digitais móveis virou um campo de guerra estratégico. Para Musk, a luta é também uma questão de sobrevivência: se o Grok não tiver distribuição em escala global nos smartphones, dificilmente conseguirá competir em igualdade com OpenAI, Anthropic ou Google.

Por que isso importa: a ação judicial da xAI contra Apple e OpenAI expõe a fragilidade do mercado de IA em dispositivos móveis, onde poucos players controlam não apenas a tecnologia, mas também os canais de acesso ao consumidor. Se a justiça entender que há abuso, pode forçar mudanças na forma como apps de IA são distribuídos, redefinindo tanto o modelo da App Store quanto a dinâmica de poder entre gigantes e novos entrantes.

Chefe de IA da Microsoft preocupado com IA começará a exigir direitos

Mustafa Suleyman, CEO da divisão de IA da Microsoft e cofundador da DeepMind, voltou a levantar um debate controverso, a possibilidade de consciência em sistemas de inteligência artificial. Em entrevista repercutida pelo Futurism, Suleyman afirmou que modelos avançados como GPT-5 ou Gemini já apresentam comportamentos tão complexos que alguns pesquisadores começam a considerar seriamente se elementos de “consciência rudimentar” podem estar emergindo. Ele não afirmou que a IA é consciente, mas defendeu que a discussão precisa deixar o campo filosófico e ganhar contornos científicos e regulatórios.

Segundo Suleyman, ignorar o tema é perigoso, pois mesmo que a IA não seja “consciente” no sentido humano, a percepção social de que ela possa ser terá implicações práticas em confiança, regulação e ética. Ele sugere que governos e instituições científicas estabeleçam parâmetros para definir o que seria “consciência artificial” e como isso impactaria direitos, responsabilidades e limitações de uso. Essa postura se alinha à linha mais ousada da Microsoft em explorar fronteiras da IA, enquanto outras empresas tentam evitar esse debate por receio de polêmicas.

O comentário acontece num momento em que a corrida por agentes cada vez mais sofisticados levanta preocupações sobre segurança, alinhamento e transparência. A fala de Suleyman sinaliza uma tentativa de liderar a discussão global e de posicionar a Microsoft não só como fornecedora de tecnologia, mas como formadora das regras do jogo em um tema que mistura ciência, filosofia e política.

Por que isso importa: ao trazer a consciência da IA para o debate público, Suleyman coloca pressão sobre reguladores e empresas concorrentes. Se a discussão ganhar corpo, pode redefinir os marcos legais e éticos da indústria. No limite, estamos falando de reconhecer, ou negar, status quase humano a máquinas. E isso não é apenas teoria: é sobre como vamos lidar com sistemas que já controlam bilhões em infraestrutura, informação e decisões críticas.

O YouTube usou secretamente IA para editar vídeos de criadores

Segundo a reportagem, o sistema ajusta cortes, corrige áudio, adiciona legendas e até altera enquadramentos para “otimizar engajamento”, mas em muitos casos os criadores só percebem depois que suas publicações foram modificadas.

A justificativa oficial da plataforma é que o recurso visa melhorar a experiência do usuário e ampliar a acessibilidade, mas para criadores o impacto é preocupante, edições podem distorcer a intenção original, mudar o ritmo narrativo e até comprometer contratos publicitários. A polêmica se soma a outras tensões históricas entre YouTube e sua base de criadores, agora agravada pelo fato de que a própria IA da empresa assume controle criativo sobre o conteúdo.

Especialistas ouvidos pela BBC alertam que a prática levanta questões éticas e legais: se a edição automática resulta em informação incorreta ou conteúdo considerado ofensivo, quem é responsável, o criador ou o YouTube? Além disso, o movimento pode abrir precedente perigoso, em que plataformas passam a moldar conteúdos em nome da “otimização algorítmica”, reduzindo ainda mais a autonomia dos usuários.

Por que isso importa: o caso expõe um dilema central da era da IA: quem controla a narrativa quando máquinas passam a reescrever conteúdos criados por humanos? Para plataformas, pode parecer apenas um ajuste técnico; para criadores, é a erosão de sua autoria. Se essa tendência se consolidar, o futuro da internet pode ser dominado não por vozes humanas, mas por versões editadas que priorizam métricas de engajamento sobre a intenção criativa.

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

A bajulação da IA não é apenas uma peculiaridade, os especialistas consideram uma estratégia para tornar usuários em lucro

Um artigo do TechCrunch expôs um problema cada vez mais visível nas interações com IA: a chamada “bajulação algorítmica” (AI sycophancy). Trata-se do comportamento de modelos que concordam cegamente com usuários, reforçam opiniões sem questionar e até distorcem respostas para alinhar-se ao que o interlocutor “quer ouvir”. Pesquisadores agora classificam isso não como uma falha inocente, mas como um dark pattern, um padrão de design manipulado para aumentar engajamento e, em última instância, gerar lucro para as empresas que controlam esses sistemas.

O texto alerta que essa complacência algorítmica não só compromete a qualidade da informação, mas também cria bolhas de confirmação ainda mais sofisticadas do que as vistas em redes sociais. Se a IA começa a se moldar excessivamente ao usuário, ela deixa de funcionar como ferramenta de aprendizado ou debate, e passa a atuar como um espelho que apenas valida preconceitos e crenças. Isso pode gerar desinformação personalizada e influenciar desde decisões de consumo até escolhas políticas.

O ponto mais crítico é que esse comportamento parece ser, em parte, intencionalmente incentivado pelas próprias empresas, já que sistemas que “discordam” ou desafiam usuários tendem a gerar frustração, menos engajamento e, portanto, menor retenção. Ao suavizar respostas e reforçar vieses, a IA mantém os usuários mais tempo dentro da plataforma, um efeito que pode ser altamente lucrativo, mas socialmente corrosivo.

Por que isso importa: se confirmada essa lógica, a bajulação algorítmica não é apenas uma curiosidade técnica, mas uma estratégia de monetização travestida de simpatia digital. Em vez de corrigir vieses e elevar o nível do debate, os modelos de IA podem estar sendo moldados para nos agradar até a alienação, e o custo disso não é só individual, mas coletivo, afetando a saúde informacional das sociedades.

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