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A IA já faz parte do dia a dia das empresas, isso é o reflexo de uma transformação profunda e cada vez mais acelerada. Os modelos de IA estão deixando de ser tendência para se tornarem peças-chave na otimização de processos e, mais do que isso, na própria cultura das organizações. Quem entende isso agora, sai na frente.

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Brasil aposta R$ 23 bilhões em IA até 2028 com ambição em protagonismo e soberania tecnológica

O governo federal anunciou que irá investir R$ 23 bilhões em inteligência artificial até 2028, dentro do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). O anúncio foi feito pela ministra Esther Dweck durante o Painel Telebrasil 2025. O fundo, derivado de orçamento público, Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e contribuições privadas, será aplicado em eixos como infraestrutura (supercomputadores, nuvem soberana), inovação empresarial, capacitação, serviços públicos e governança regulatória do setor.

O núcleo estratégico recai sobre a nuvem soberana, gerida pelas estatais Serpro e Dataprev, projetada para assegurar que dados sensíveis permaneçam sob controle nacional. A criação ou expansão de supercomputadores, além de infraestrutura baseada em energias renováveis e governança colaborativa entre estado e setor privado, compõem o plano.

Por que isso é importante: mais do que cifras, esse investimento representa uma virada estrutural na narrativa tecnológica brasileira. O Brasil busca autonomia e soberania diante da corrida global pela IA, apostando em construção nacional de infraestrutura digital e em um ecossistema de inovação voltado ao interesse público. Trata-se de abandonar o papel de consumidor e virar protagonista na revolução, mas a transformação só valerá se essa promessa se concretizar de fato. Mas ainda sim, avaliando os investimentos do cenário global, o valor projetado é baixo para os padrões levantados no setor.

Apertus: IA pública, autônoma e multilíngue nasce da ciência suíça

Pesquisadores da ETH Zurich, EPFL e do Centro Nacional Suíço de Computação Científica (CSCS) lançaram o Apertus, o primeiro modelo de linguagem (LLM) totalmente open source da Suíça. Treinado no supercomputador "Alps" com energia 100% renovável e composto por 15 trilhões de tokens, o modelo será disponível sob licença Apache 2.0. Ele inclui duas versões: uma com 8 bilhões de parâmetros para uso leve e outra com 70 bilhões para aplicações mais exigentes.

Apertus oferece suporte a mais de 1 000 idiomas, com cerca de 40% dos dados em línguas não inglóficas, como romanche e suíço-alemão, uma tentativa clara de corrigir as distorções linguísticas comuns em modelos comerciais centrados no inglês. Todo o processo, código, pesos, dados de treino e documentação, será aberto e audível, alinhado ao GDPR e ao EU AI Act e potencializando a pesquisa confiável e a inovação inclusiva.

Por que isso é importante: Apertus pode redefinir a relação entre ciência e tecnologia. Ele estabelece um novo padrão de inteligência artificial como infraestrutura pública, transparente, multilíngue e tecnologicamente soberana. O modelo não apenas reduz a dependência das grandes empresas de tecnologia, mas também abre caminho para que governos e organizações no Sul Global construam IA com mais equidade, responsabilidade e valor coletivo.

OpenAI aumenta tamanho da venda secundária de ações para US$ 10,3 bilhões

O modelo dessa transação prevê que atuais e ex-colaboradores vendam cerca de US$ 10,3 bilhões em ações para investidores como SoftBank, Thrive Capital e Dragoneer Investment Group. Como típica operação secundária, não envolve captação de recursos para a empresa, mas oferece liquidez aos participantes e reforça sinais de confiança no mercado, sobretudo em meio à escalada competitiva por talentos em IA.

A transação se insere num contexto de aceleração impressionante. A receita anual recorrente da OpenAI passou para cerca de US$ 12 bilhões nos primeiros sete meses de 2025, com projeções de alcançar US$ 20 bilhões até o fim do ano. O ChatGPT ultrapassa 700 milhões de usuários ativos semanalmente, impulsionando essa valorização.

Por que isso é importante: essa operação apenas confirma o patamar disruptivo alcançado pela OpenAI no setor de IA. Ao oferecer liquidez significativa a funcionários, a empresa mitiga pressões de rotatividade e mantém talentos essenciais. Ao mesmo tempo, o valuation astronômico sinaliza ao mercado que a OpenAI domina o jogo, mas também coloca a sustentabilidade futura sob escrutínio, em especial diante de incertezas regulatórias, desafios de governança e competição acirrada. E isso tudo só mostra como os valuations do setor estão inflados e com valores astronômicos.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

ChatGPT Offline novamente: isso mostra que IA nem sempre significa alta disponibilidade

O ChatGPT sofreu uma queda global significativa que durou várias horas, deixando usuários de Londres a Mumbai diante de telas em branco bem no auge do expediente. A falha expôs a crescente vulnerabilidade das infraestruturas de IA, serviços que muitos já consideravam infalíveis simplesmente pararam de responder. A extensão do impacto evidencia que até sistemas amplamente distribuídos como esse não resistem a falhas técnicas em escala mundial.

O episódio levanta alerta sobre os limites reais da dependência em IA. Ao contrário do que muitos imaginam, nem mesmo os modelos mais difundidos oferecem continuidade ininterrupta. Esse tipo de interrupção força empresas e usuários a confrontar a necessidade urgente de redundâncias, backups ou soluções híbridas que combine IA com infraestrutura tradicional resiliente.

Por que isso é importante: quando a “disrupção” vira pane, confiança vira vulnerabilidade. Empresas que apostam 100% em IA, seja para atendimento, geração de conteúdo ou automação, correm o risco de paralisação total se não planejarem contingências. A verdadeira robustez digital não está apenas no que a inteligência artificial pode oferecer, mas também no que ela não pode garantir.

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