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Anthropic levanta US$ 13 bilhões em Série F com avaliação de US$ 183 bilhões

Anthropic eleva sua avaliação para US$ 183 bilhões após captar US$ 13 bilhões em rodada Série F. A empresa praticamente triplica o valor registrado em março de 2025 (US$ 61,5 bilhões), num salto que reflete confiança renovada no setor de inteligência artificial. O investimento, comandado pelo fundo ICONIQ e com forte apoio de Fidelity e Lightspeed, abriu espaço para a estreia de grandes investidores como o Qatar Investment Authority, Blackstone e Coatue.

O ritmo financeiro da Anthropic acelerou de forma impressionante. A receita anual estimada (ARR) saltou de US$ 1 bilhão no início de 2025 para mais de US$ 5 bilhões em agosto. A empresa atende hoje mais de 300 mil clientes corporativos, com um crescimento vertiginoso no número de clientes que geram acima de US$ 100 mil em receita anual. Um dos principais impulsionadores é o Claude Code, responsável por mais de US$ 500 milhões do run-rate, com uso multiplicando em dez vezes desde o lançamento completo há três meses.

Por que isso é importante: O salto para US$ 183 bilhões transforma Anthropic no quarto unicórnio mais valioso do mundo, ampliando seu peso global enquanto rival direto da OpenAI. Com recursos expressivos para investir em segurança, interpretabilidade, expansão internacional e governança, incluindo conselho para o setor público e de defesa, ela posiciona sua estratégia como modelo de IA confiável e com ambição global.

OpenAI troca funções executivas e adquire Statsig por US$ 1,1 bilhão

A OpenAI oficializou a aquisição da Statsig por US$ 1,1 bilhão, incorporando o CEO e fundador da startup, Vijaye Raji, como novo CTO de Applications. Raji ficará responsável pela engenharia dos produtos ChatGPT e Codex sob a liderança da recém-promovida CEO de Applications, Fidji Simo. Enquanto isso, Srinivas Narayanan assume o cargo de CTO de B2B Applications e Kevin Weil é realocado para liderar pesquisa como VP de IA para Ciência. Essas mudanças reforçam a divisão entre produtos, B2B e pesquisa dentro da estrutura executiva da empresa.

A Statsig, uma startup especializada em testes de produto e feature management, continuará operando de forma independente em Seattle, e seus colaboradores se tornarão membros da OpenAI após a conclusão da aquisição, sujeita à aprovação regulatória. A empresa traz expertise essencial em experimentação de produto, como testes A/B automatizados e análises comportamentais, capacidades que irão acelerar o refinamento iterativo das interfaces e experiências do ChatGPT.

Por que isso é importante: com essa aquisição, a OpenAI não apenas fortalece sua base técnica em testes e engenharia combinada, mas também consolida uma liderança especializada nas áreas de produto, negócios e pesquisa. A integração da Statsig destaca o movimento estratégico da empresa rumo a uma plataforma mais afinada com dados reais de uso, e não apenas com intuição técnica.

VCs dos EUA e da Índia formam aliança de mais de US$ 1 bilhão para financiar startups de tecnologia da Índia

O objetivo é nutrir empresas que trabalham com inteligência artificial, robótica, semicondutores, espaço e tecnologias verdes, oferecendo capital e conexões fundamentais à escalabilidade desses projetos tecnológicos.

Esse movimento acontece enquanto a Índia vive crescimento expressivo no setor deep tech: em 2024, o capital privado para startups de tecnologia avançada atingiu US$ 1,6 bilhão, aumento de 78% em relação a 2023. Programas públicos, como o “#100DesiDeepTechs” e incentivos fiscais vindos do orçamento federal, também estão impulsionando esse ecossistema. Esse novo fundo se soma a iniciativas privadas como a Seafund, especializada em deep tech com foco em aplicações reais, desde semicondutores até mobilidade limpa.

Por que isso é importante: a aliança quebra o ciclo crônico de startups indianas que sofrem pela falta de capital de risco para tecnologias de base. Esse impulso conjunto pode converter ambição em inovação, transformando laboratórios acadêmicos em empresas de impacto global. É a Índia não só abastecendo o mundo com soluções tecnológicas, mas fazendo isso com sua própria direção estratégica.

🇧🇷 Novidade do setor para o Brasil 🇧🇷

Mais notícias ao redor do mercado de IAs

A governança da IA se torna global: a ONU acaba de desenhar o mapa

O secretário-geral da ONU iniciou um mapeamento estrutural da governança global de IA. O relatório “Governing AI for Humanity” reúne mais de 2.000 participantes, com 50 consultas regionais e mais de 250 contribuições escritas, propondo uma arquitetura inclusiva, ágil e adaptada à evolução tecnológica. Entre as principais recomendações estão: criação de um painel científico internacional, um mecanismo intergovernamental de diálogo, harmonização de dados, e uma pequena agência dedicada à IA dentro da ONU.

O documento complementa iniciativas anteriores, como o White Paper sistemático conduzido pela UNESCO e ITU, que explora modelos institucionais da ONU aplicáveis à governança global de IA. Ao mesmo tempo, na conferência de Xangai, a China anunciou uma proposta de criação de um organismo global de cooperação em IA, com 13 pontos que incluem diálogo liderado pela ONU e foco em segurança, open source e inclusão do Sul Global.

Por que isso é importante: a Onu quer se manter relevante, mas as organizações multilaterais estão perdendo força, então apesar de boa, a iniciativa acaba sendo inócua, já que os países não tem nenhuma obrigatoriedade de participar.

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